segunda-feira, 30 de março de 2009

você sabia?

O que você diria se alguém lhe dissesse que o Drácula já existiu? Não acredita? Pois saiba que ele já existiu sim. Mas não era um vampiro como mostra o escritor Bram Stoker em seus livros ou os filmes de Hollywood. Ele foi um príncipe romeno, chamado Vlad III, muito cruel e por isso inspirou o livro e filme.
O príncipe e conde romeno nasceu em 1431. Chegou a governar a Valáquia (região vizinha à Transilvânia, na qual Vlad III morou por alguns anos). Ambas cidades ficam situadas na atual Romênia.
Por causa da história escrita por Stoker, a Transilvânia é conhecida como uma cidade ligada a monstros e criaturas sobrenaturais. Já tentaram implantar lá um grande parque de diversões do terror, mas muitos habitantes da região e a igreja não permitiram. De qualquer forma, em seu local de origem, Vlad III é reconhecido por sua real história e não pela que foi inventada por Hollywood. Na Romênia, ele é considerado um herói nacional, por ter lutado contra os turcos que tentaram dominar a região.
O pai de Vlad III, Vlad II, tinha o apelido de “Drache” e era membro da ordem do Dragão, um grupo de cavaleiros cristãos que lutavam contra o avanço do Império Turco Otomano pela Europa. A palavra “Drache”, ou Dragão, é uma palavra alemã e é similar a forma como é escrita em Romeno, que é “Drac”, e pode significar dragão ou diabo. Na língua romena, falada pelo príncipe, dracul significa dragão, e em razão disso, Vlad III recebeu o apelido de Draculae, que significa literalmente, “Filho do Dragão”. No entanto, dracul, em romeno, também significa demônio, assim também, houve quem afirmasse que o apelido queria dizer “Filho do Demônio”. Na verdade, o apelido é escabroso, seja um ou outro.

Para entender um pouco melhor a trajetória do príncipe:
Uma parte do Império Romano conhecido originalmente como Dacia, estava sob o controle da Hungria, isso por volta do século XI. Esse país nunca tinha sido independente, exceto por um pequeno período. Ficou alternadamente sob o controle da Hungria e do Império Otomano por bastante tempo, quando, então, os Turcos Otomano tomaram o controle da região.
A Valáquia, enquanto isso, era governada por Vlad II, pai do príncipe romeno que o entregou aos Turcos ainda criança, juntamente com outros jovens da sua idade, como moeda de troca para acalmar os colonizadores. Por cauda disso, Vlad III acabou ficando preso pelos adversários por, aproximadamente, 12 anos. Nesse período aprendeu táticas de guerra e treinamento militar. Durante este tempo, o pai e o irmão do príncipe romeno, foram assassinados pelo exercito, liderado por Jonh Hunyadi, da Hundria, inimigos dos Turcos e que também tinha interesse em conquistar a cidade do Drácula.
Hunyadi, assim que dizimou a família do príncipe romeno, colocou o próprio filho no lugar para governar a região, como vassalo do rei da Hungria. Entretanto, logo que tomou conhecimento sobre o que tinha ocorrido, os Turcos libertaram Vlad III. Este fugiu para à Transilvânia, montou um exercito e construiu um castelo. Com o passar do tempo conseguiu reaver o trono da Valáquia.
O governou do príncipe romeno, no século XV, foi, segundo os historiadores, pontuado de atos muito cruéis. Ele tratava seus inimigos com muito rigor e frieza. E não reservava este tratamento apenas aos adversários de guerra, mas a todos os que não concordavam com ele ou que atentasse contra os “bons costumes”. A punição preferida que aplicava aos condenados era o empalamento, método que consistia em atravessar a pessoa com uma estaca de madeira. Esta era enfiada no ânus da vítima até que o instrumento saísse na outra extremidade do corpo, como no peito ou na boca. Geralmente, as pessoas que eram empalamadas acabavam morrendo, pois não resistiam aos ferimentos. Era comum ele deixar as pessoas penduradas agonizando até que a morte acontecesse. Esta podia se dá em um dia ou mais. Com isso, acabou ficando conhecido, também, como Vlad Tepes, que em romeno significa: Vlad, o Empalador.
Além de empalamar, havia outros castigos tão cruéis quanto, com os quais costumava sentenciar aqueles a quem julgava como culpados, como: Esmagamento por cavalos, queimar as vítimas vivas ou cozinha-las, entre outros.
Essas histórias foram narradas pelos vencedores da guerra que, acredita-se, possam ter exagerado na crueldade de Vlad, afinal nem o personagem, e nem sua família foram pessoas bem quistas pelos seus inimigos. Muitos dizem que ele dizimava por prazer, enquanto outros historiadores afirmam que ele foi justo, e que, apesar de ter sido um homem cruel, sempre empregava as suas sentenças com justiça. Vlad Tepes acabou morrendo em uma batalha contra os turcos, em 1476. Foi decapitado e sua cabeça foi pendurada pelos seus inimigos para que ficasse evidente a todos que o torturador estava morto. E assim, com o tempo, surgiu o poderoso vampiro Conde Drácula. E agora, sempre que você ouvir falar dele, você saberá que esse personagem foi inspirado em um personagem histórico e real, que apesar de muito cruel, foi e ainda é considerado um herói nacional romeno. Alguém com uma história fascinante e sem os dentes afiados ou gosto por beber sangue!

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