quarta-feira, 25 de março de 2009

Inadimplência


Mais uma vez foi reduzida a previsão de crescimento da economia para este ano. De acordo com o levantamento de março feito pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), a estimativa é de 0,3% de crescimento, ante 1,9% em janeiro. A inadimplência, segundo a Folha de São Paulo, terá o maior nível desde 2000, se a projeção se confirmar.
Segundo a pesquisa da Febraban de Projeções e Expectativas de Mercado, realizada nos dias 19 e 20 de março com 33 instituições financeiras, a taxa projetada para inadimplência neste ano é 0,5 ponto percentual, 5,04%, maior que a de janeiro que era 4,9%. Também superior que os 4,4% registrados em 2008.
Os bancos acreditam em uma possível recuperação e levantam a hipótese de uma recessão neste ano. A retração da atividade econômica, o aumento do desemprego e a queda da renda devem elevar a inadimplência.
A expectativa de crescimento para as operações de crédito em março é de 14,2%, 2 pontos percentuais abaixo do que foi estimado em janeiro. Sendo que em 2008, a expansão foi de 31,1%. No entanto as piores perspectivas estão sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da indústria, que deverá ficar negativo em 1,3%, conforme pesquisa de março, esse resultado vai contra os 1,3% positivos que estavam sendo esperados. Para a Selic, a taxa baixa de juros, a estimativa é que encerre 2009 em 9,25% ao ano, contra perspectiva anterior de 10,75%.
O economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, acredita que o desempenho da economia brasileira vai depender do cenário internacional e, mais especialmente, da trajetória norte-americana. A economia brasileira tem chance de se recuperar com a indicação de que a economia americana deixou de piorar.
Segundo a Folha, os analistas de bancos consultados também estão confiantes da recuperação da economia brasileira já em 2010. 59,3% dos pesquisados acreditam que é o que vai acontecer. Também é considerável o percentual dos que apostam que isso ocorra ainda neste ano: 33,3% dos entrevistados. Cerca de 7% disse que acham que a recuperação só será possível a partir de 2011.
Lula comentou, em uma entrevista recente, que esta crise deve ser considerada "apenas uma marola". E não caracterizo como uma declaração infeliz. Acredito que no papel de líder, ele não deve incutir desespero na população. O papel a ser desempenhado por ele é batalhar por melhorar a situação, mas sem causar pânico no povo, afinal um povo preocupado e desesperado, tende a tomar decisões impulsivas, o que não seria positivo para ninguém.

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