sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

É bem assim mesmo... rsrsrs

João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para a tia,
Joaquim suicidou-se,
E Lili casou-se com J. Pinto Fernandes,
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade.

Brasileira na Suíça

E, finalmente, parece que a brasileira que residia na Suíça, Paula Oliveira, realmente se autoflagelou, segundo os noticiários. Pobre moça, se colocou no olho do furacão por nada. Pois mesmo que ela tivesse lucrado algum dinheiro com essa estratagema, seria um dinheiro sujo. O que não vale à pena! Que pena para ela, que é tão jovem, formada e com a chance de construir um grande futuro, se deixar levar por ilusões e meios torpes para atingir seus objetivos. Claro, que ainda tem chance de aprender a lição e reconstruir sua vida.

Um conto - O cachorro.


Depois de um longo dia de trabalho, eu só pensava em chegar em casa e descansar. Assim que cheguei, tomei um belo banho, ajudei a organizar a cozinha depois do jantar, assisti um pouco de televisão e resolvi dormir. Eram 22h20. Seria uma noite de sono maravilhosa... Se não fosse o cachorro da vizinha!
A criatura latiu à noite inteira e eu não consegui pegar no sono. Só consegui dormir quando já era madrugada! Isso, para acordar pouco tempo depois, pois às 05h da madrugada o adorável cãozinho acordou de novo e latia... Latia... E latia! E o pior é que o suplício se repetiu noite após noite, até eu tomar uma atitude! Falar com minha vizinha.
Conversei com ela e pedi para que ela acomodasse o seu lindo cãozinho em algum outro lugar, longe de minha janela durante a noite, pois o bichinho não estava me deixando dormir. A impressão que me dava, quando o animal começava a latir, é que ele estava dentro do meu quarto. Com certeza, essa é a desvantagem de não morar em uma mansão ou em uma chácara! Fica-se bem próximo dos vizinhos! O que não significa que não gosto dos meus vizinhos. Eu gosto sim, só não gosto muito dos cachorros que latem durante a noite e de madrugada e não me deixam dormir!
E também não pensem que eu não gosto de animais, pois eu gosto. Nada tenho contra cães, eu os acho bonitos e até úteis, apesar de ter preferência pelos gatos. Desde criança, sempre tive gatinhos como bichinhos de estimação. Minha irmã já teve um peixe Beta. Lembro-me quando ele morreu (De fome... Mas não fiquem chocados! É que ela, minha irmã, era criança e esqueceu de dar comida ao peixe! No entanto, que fique bem claro, que ela chorou pela morte dele e ainda fez um belo funeral. Ele foi enterrado no quintal, com direito a cruz e tudo!).
E, voltando a minha vizinha, depois que fui falar com ela, o cachorro foi transferido de lugar durante a noite. E assim, ele parou de latir durante a semana. E vocês devem estar pensando, que ótimo, que vizinha legal! Aí é que vem o curioso... O tal do cachorro só latia nos sábados, domingos e feriados, e de madrugada! Afirmo que se eu não fosse uma boa pessoa e cheia do Espírito Santo eu juro que dava chumbinho para esse cachorro! Então resolvi usar uma tática, eu iria usar essa situação incomoda para me tornar uma pessoa mais zen! Como? Quando ele começasse a latir, eu iria pensar: É só um cãozinho, não vai me estressar e eu vou dormir. E se acontecia pela manhã, eu pensava: Não tem importância... Deixa o bicho latir, é só um cãozinho e, além disso, acordar cedo faz bem!
Entretanto, um domingo, acordei chateada com a situação. Então, aproveitei uma hora em que minha vizinha estava para fora e eu estava saindo para levar a minha mãe em algum lugar e disse, em tom de conversa, para minha mãe:
· Tá 'lôco', viu mãe! Pleno domingão e não dá para dormir até mais tarde, por causa desse cachorro que não para de latir! Começa as 05h da madrugada!
Depois desse dia, o cachorro não mais incomodou! Na verdade, tenho que reconhecer que minha vizinha é uma pessoa legal, pois sanou o problema. E, além disso, poderia ser pior: Ela poderia ser dona de um canil! Teria sido mais difícil de resolver. Mas que fique claro que o cachorro ainda está vivo e continua pertencendo a minha vizinha, pois eu o escuto latir durante o dia, o que é normal, afinal o bichinho está vivo, né!

Mauá, Empresário do Império

Para quem aprecia uma boa leitura, indico o livro “Mauá, Empresário do Império” de Jorge Caldeira.
Trata-se da biografia de Irineu Evangelista de Sousa, um homem à frente do seu tempo! Um ser humano que na época da escravidão, diferentemente de outros endinheirados, expôs outras formas mais dignas de ganhar dinheiro. Um homem que começou do zero, trabalhando de empregado em um pequeno comércio do Rio de Janeiro nos idos de 1800, com 9 anos de idade, sem pai e nem mãe, e mesmo em meio às dificuldades se tornou o primeiro empresário do Império. Um pioneiro e visionário que percebeu que a única forma digna de enriquecer é trabalhando e pagando as contas em dia. Custando o que custar! Isso em um tempo em que o ato de trabalhar era considerado uma atitude vergonhosa. Ele, em todos os momentos, obedeceu somente aquilo que achava correto e até o fim, apesar de ter sido tão perseguido pelo imperador D. Pedro II, honrou todos os seus compromissos, até aqueles ao qual não devia. Leiam! É uma lição de vida!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Barriga de aluguel – ético ou não?


A barriga de aluguel é permitida por lei no Brasil somente em caráter solidário entre parentes de até segundo grau, ou seja, irmãs, mães, tias, avó ou primas, assim sendo, nem a doadora do óvulo nem a que empresta o útero podem receber nenhum tipo de remuneração.A legislação brasileira prevê, ainda, que a mãe locatária seja responsável pelo tratamento da outra mulher, mesmo que não diretamente. Essas, são normas determinadas pelo Conselho de Medicina.
Apesar disso o que se observa na prática é diferente do que manda a lei. Dos 170 centros brasileiros de medicina reprodutiva, 10% tem seu próprio cadastro de mulheres dispostas a alugar seus úteros por uma remuneração, segundo matéria da Revista Veja, edição 2059.
De acordo com a terapeuta e professora do Núcleo de Casal e Família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Magdalena Ramos, "Por mais que digam que se trata apenas de uma transação comercial, é impossível uma mulher não ser afetada emocionalmente pela gestação", afinal as duas mulheres envolvidas passam por questões delicadíssimas. Enquanto de um lado uma passa por todas as transformações físicas e psíquicas que a gravidez ocasiona por uma criança que jamais será sua, do outro lado está outra mulher que realizará o sonho da maternidade pela metade, já que não acalentará o bebê em seu ventre. A mineira J.D., de 46 anos, recorreu ao procedimento depois de sofrer três abortos espontâneos. Ela pagou 40.000 reais a uma carioca de 30 anos pela locação do seu útero e, assim, concretizou o sonho da maternidade. No entanto, J.D. ressalta, “quero esquecer que meu filho se formou dentro de outra mulher". Ela realizou todos os desejos da locadora que gerou seu filho e fez-lhes visitas semanais enquanto grávida, acarinhou sua barriga e cantou canções de ninar para o bebê. (Matéria da Revista Veja, edição 2059)
Entretanto a maior parte dos especialistas não recomenda a convivência entre a mãe biológica e a locadora do útero. Um médico responsável por uma das maiores clínicas de fertilização do estado de São paulo conta que certa vez, acabou cedendo a insistência de uma mãe biológica e a apresentou a locadora do ventre e segundo ele “não poderia ter acontecido nada pior”. A grávida passou a chantagear os pais biológicos, ela passou a pedir mais dinheiro para entregar o bebê. E, na maioria dos casos, as mães de aluguel são acometidas por um sentimento de abandono logo após o nascimento do bebê, mesmo que tenham encarado a gravidez de forma fria. (Matéria da Revista Veja, edição 2059).
Há também os casos das mulheres de outros países que recorrem ao Brasil para alugar o “útero” das brasieliras, pelo fato da barriga de aluguel ser proibida em seu país de origem. A dona-de-casa N.J., de 35 anos, locou o seu ventre por 100.000 reais, para um casal europeu que não conseguiam ter filhos biológicos. Foi o próprio ginecologista da mulher europeia que indicou o procedimento da barriga de aluguel. Mas como é proibido em seu país e ela falava português fluente, pensou logo no Brasil. Enquanto N.J. passou a considerar a hipótese de ser barriga de alguguel após ler uma matéria sobre medicina reprodutiva. Ela que já tem três filhos, mora de aluguel e conta com uma renda familiar de 1.000 reais mensais, conta que pretende comprar uma casa com o dinheiro que recebeu. (Matéria da Revista Veja, edição 2059).
A legislação sobre barriga de Aluguel varia de país para país. Em alguns estados dos Estados Unidos, como California e Flórida, aceita-se o procedimento com recompensa financeira e essa opção tem crescido desde a invasão do Iraque, já que as mulheres alugam seus úteros para incrementar o orçamento enquanto os esposos estão em combate. O valor cobrado gira em torno de 25.000 doláres. (Matéria da Revista Veja, edição 2059)
A Índia é um país muito procurado pelas mulheres que escolheram este caminho para realizar o sonho da maternidade. O procedimento lá é permitido por lei e o valor cobrado pelo alguel da barriga é de 7.000 doláres, um dos mais baixos. As indianas vem sendo tão solicitadas que já se ouve falar até em “turismo de medicina reprodutiva”, segundo matéria “Gravidez a soldo” da Revista Veja, 07 maio 2008, edição 2059.

O que é barriga de aluguel?
O método consiste na fecundação do óvulo em laboratório e na transferência do embrião para o útero. Podem ser usadas a indução da ovulação (com medicamentos para a fertilidade), a fertilização "in vitro" (FIV), a transferência intratubária de gametas (Gift), a inseminação artificial por doador (AID ou ID), a indução da ovulação, a inseminação intra-uterina com ou sem superovulação (IUI), a doação de óvulos e a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (Icsi), essas duas últimas com fertilização "in vitro".
Estes complicados nomes correspondem a técnicas que utilizam óvulos e espermatozóides do próprio casal, na indução da ovulação, na inseminação artificial intra-uterina, na injeção intracitoplasmática de espermatozóides, e na chamada "barriga de aluguel", em que uma outra mulher empresta o útero para gerar o filho do casal.
Mas há também a doação de óvulos ou ovodoação, em que o espermatozóide se junta a um óvulo de uma outra mulher, já que a paciente não produz óvulos em boa quantidade ou qualidade.Há diferentes tipos de tratamentos. (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/equi20000826_gravidez40_04.shtml)

Um conto - O sequestro da caneca...

Elas eram mãe e filha. Josefina e Dália respectivamente. Se davam muito bem, desde que não precisassem permanecer no mesmo ambiente. O fato é que precisavam! A filha era solteira e morava com os pais.
Um determinado dia, Dália resolveu comprar um jogo de copos plásticos cor de laranja. Ela achou os copos lindos e pensou: “Isso vai ficar chique lá em casa!”
Na primeira semana, todos usaram os copos e nada falaram. Até que, dona Josefina disse para a filha que não gostava de copos de plástico. Dália não deu muita importância para o que a mãe disse, afinal quem havia pago pelos copos fora ela. E, além disso, a mãe da menina tinha uma caneca que adorava. Ela só tomava café ou chá, naquela caneca. Então, segundo o ponto de vista da menina, a mãe tinha a obrigação de compreender a permanência dos copos na cozinha. Cada um tem o direito de ter suas preferências.
Mas, a medida que os dias iam passando, os copos foram sumindo, um a um. E Dália percebeu que a sua mãe estava sumindo com os copos. Uns ela levava para o trabalho para as amigas tomarem café, outros ela perdia e assim ia. A intenção era dizimar os copos da filha. A menina ficou inconformada com a situação e foi falar com a mãe. Mas a senhora se fez de desentendida, como sempre costumava agir em casos como esse. Foi aí que nasceu a tal ideia: Dália ia pegar aquela caneca e esconder, para que a mãe sentisse como é chato não ter o próprio espaço respeitado pelos demais. E assim, foi feito!
Assim que a mãe percebeu que a caneca não estava mais lá, perguntou:
- Cadê a minha caneca?
- Ah, mãe, não sei não!
- Como não sabe? Cadê a minha caneca? - A mãe da menina começou uma investigação, para saber se outros integrantes da família conhecia o destino da caneca. Foi perguntar até para os outros filhos que já eram casados se por acaso sabiam da caneca. Até que Dália resolveu ir conversar com a mãe:
- Então, mãe... Cadê os meus copos? Talvez, se os meus copos aparecerem, sua caneca também apareça!
- Ah... então foi você? Que coisa feia... Eu quero minha caneca!
- E eu quero os meus copos!
- Com quem você aprendeu a ser assim, hein! Que absurdo! Sumir com minha caneca! - E assim, dona Josefina, tentando recuperar sua caneca, foi na loja e comprou outro jogo de copo de plástico laranja. Mas, infelizmente não eram iguais...
Dália não queria outros copos, e pensou em jogar a caneca no lixo, mas teve pena da mãe. A caneca ficou em seu poder por uma semana e depois ela a devolveu a mãe. A moça pensou: “De repente a mãe tenha aprendido a lição!” Ou talvez não... Quem sabe? Afinal, o ditado popular diz que de cabeça de gente e bunda de neném pode sair qualquer coisa, né!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Índios canibais

O jovem de 21 anos, Océlio Alves de Carvalho, que, segundo sua mãe, tinha problemas mentais, foi morto e teve suas víceras devoradas por índios Kulinas, no Amazonas. Evidências apontam que o crime foi cometido por cinco índios, entre eles uma mulher, que estavam alcoolizados (tinham tomado álcool puro). Os dirigentes da Funai (Fundação Nacional do Índio), dizem que não há mais canibalismo nos tempos modernos entre os índios. Antigamente, alguns povos indígenas comiam os guerreiros que sucumbiam, pois acreditavam que assim, absorveriam para eles o poder do adversário.
Naquela região, há problemas entre índios e brancos, e o rapaz pode ter sido vítima de retaliação, por parte dos índios. Apesar de ter sido um fato isolado, este episódio fatídico foi noticiado em toda a imprensa mundial. Que triste para o Brasil! No exterior já associam a imagem do Brasil a mulheres nuas e fáceis, e a muita pobreza, agora então, vão imaginar o Brasil uma nação de índios que sai por aí devorando a galera. O povo indígena é, em muitos momentos, desrespeitado, disso não há dúvida. E as conseqüências são trágicas para todos e nesse caso, até para a imagem do país no exterior.

Brasileira na Suíça

A brasileira Paula de Oliveira, 26 anos, que mora na Suíça, no início deste mês foi espancada e sofreu cortes em forma de letras, as quais são as iniciais do Partido do Povo Suíço, feito por estilete em todo o corpo, inclusive nas costas. Os acusados de causarem os ferimentos são brancos, de cabeça raspada (um tinha uma suástica na cabeça) e provavelmente eram skinheads. Na hora do ataque a moça falava no celular, em português, com a mãe, o que pode ter despertado a ira do grupo xenófobo. A polícia Suíça está afirmando que a brasileira mente quando diz ter sido atacada e que ela, além de não estar grávida, se autoflagelou. A família admitiu que a moça tem Lupus, que é uma doença que afeta pele, alguns órgãos internos, pode causar infertilidade e alucinações.
De repente a moça, que era noiva de um Suíço e iria se casar no mês que vem, estava perturbada e causou os próprios ferimentos. No entanto, o preconceito e discriminação que os brasileiros sofrem na Europa e em outros países, no exterior, é real e comprovado. O presidente Luis Inácio Lula da Silva, já disse que isso que aconteceu com a brasileira não ficará impune, caso seja provado que ela foi vítima de agressores. Então, esperemos que a justiça seja feita, seja lá quem estiver com a razão.

Hugo Chávez e o seu referendo

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, conseguiu, através de um referendo, o direito de se reeleger quantas vezes quiser. Foi uma atitude digna de um ditador, mas espertamente disfarçada, pois não foi imposta ao povo. Ele soube conduzir a situação para que o povo escolhesse esse desfecho. Os jornais apontam que Chávez conseguiu esta vitória, pois mantém um mandato assistencialista, que dá muitas bolsas aos mais pobres e também por ter conseguido fazer com que a crise não afetasse tanto o país. Assim, o presidente, que ainda tem mais quatro anos de mandato, já se declarou candidato para as próximas eleições. E duvidam que ele ganha! Parece que, mais um Fidel Castro está se consolidando no poder!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

economia

Pode-se observar que são os países emergentes que estão ‘segurando a onda’, neste tempo de crise. Ontem, acompanhei pelo jornal que, graças a uma medida do governo (que fez uma injeção de dinheiro no BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para emprestar às empresas em dificuldade), as vendas de automóveis usados estão aumentando (As vendas de veículos usados tinham caído muito, por causa da baixa do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. A baixa deste imposto acabou incentivando a venda do veículo 0Km).
Assisti outra matéria, que dizia que apesar dos índices de crescimento da indústria ter caído, o comércio está indo bem. A reportagem ressaltava que as compras nos shoppings de roupas, sapatos e afins tinham crescido 7% em janeiro de 2009, isso em relação a janeiro do ano passado, quando a economia estava em seu melhor período de expansão. Nesse ano, mais que no anterior, segundo o Jornal Nacional, é comum verificar que está anexado nas fachadas das lojas anúncios sobre liquidação, o que acaba incentivando a população a gastar. Só espero que, com tantas demissões, não aconteça um efeito colateral mais tarde e isso acabe prejudicando o comércio.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um conto - A carona!

Julia trabalhava próximo de casa e naquele dia resolveu voltar a pé do serviço. E enquanto ia caminhando, ia também pensando na vida. Seu namoro com Godofredo havia terminado há, mais ou menos, um mês. Foi um relacionamento tumultuado. Ela sempre fora toda esquentada e ele, ao contrário, tinha aquele ar distante e inatingível. Ambos se consideravam grandes vítimas de tudo e não percebiam que cada qual tinha a sua insofismável parcela de culpa no término do romance. Ela não sabia muito bem o que estava sentindo, sabia apenas, que estava magoada. Então, percebeu que um carro parou ao seu lado. Quando ela olhou, notou que era Godofredo que também estava voltando do emprego e lhe oferecia uma carona. Ela pensou em não aceitar, mas porque não? Assim, entrou no veículo e começaram um diálogo:
- Olá! Nossa nunca achei que você me ofereceria uma carona! – Falou isso baseada no que já conhecia da personalidade dele. Ele sempre fora rancoroso.
- Por que?
- Ah, sei lá! E como você está?
- Ah... Mais ou menos! Estou doente...
- O que você tem?
- Ah... Estou gripado!
- Ah! Gripe é doença de rico! - Quando Julia pronunciou estas palavras o rapaz fechou ainda mais o semblante. Ele estava usando óculos escuros, tinha um ar meio cansado e demonstrava certa magoa. Olhava para frente impassível. Julia, olhando para ele, se sentiu integrante do filme do Arnold Schwarzenegger, ao lado do exterminador do futuro... Ou então ao lado de um Iceberg (quem sabe, não foi o mesmo que afundou o Titanic? Ela pensou!)... Ou até poderia ser o astro daquele filme chamado Duro de Matar... No entanto, não era... Era apenas o seu Godo, que aliás, não era mais seu! Alguém que, um dia, já a tinha visto de pijama, descabelada, feliz, e até triste em alguns momentos. Mas, voltando ao diálogo: Ele demonstrou ter ficado magoadissimo com o comentário dela. Na verdade, ela não quis diminuir a moléstia dele, só tentou ser bem humorada. Aí tentou consertar: - Ah... É esse tempo, né! Você está tomando remédio?
- Ah, eu tomei. Agora já estou melhor!
- Ah, que bom, né! Não precisa me levar até em casa, não. Pode me deixar na esquina. - Ela falou isso para não parecer abusada, mas aí ele perguntou:
- Por que não? - Acho que ele pensou que ela não queria que ele fosse até a porta de sua casa.
- Ah... Não precisa! - Ela não entendeu que ele se sentiu dispensado. E ele não queria demonstrar fraqueza, imagine dar o braço a torcer e de repente propor uma conversa, jamais! O dono da razão era ele. Ela, por outro lado, tinha a certeza que ele nunca a amara, e lhe tinha oferecido carona por educação, simplesmente. E já que é assim, para que tentar uma aproximação? Entrar em um acordo estava fora de questão! E, assim, cada um perdido em seu próprio mundo de orgulho e razões inúteis, chegaram, finalmente, ao destino. Ele parou o carro, ela deu um beijinho de despedida no rosto dele e desceu.
- Thau, obrigada!
- Thau, de nada. - Respondeu, olhando para frente, de rosto erguido e partiu.

Um conto - O mundo é redondo...

Um belo dia, Ana e Nina estavam conversando. Ana estava meio jururu. Estava contando para a amiga, as quantas andava o seu relacionamento com o Inácio.
- Ele é tão indiferente, Nina.
- Ah, Ana. É imaturidade!
- Ai, Nina, sabe, eu prefiro acreditar que um dia ele aprende!
- É amiga! É por isso que o mundo é redondo!
- Não entendi! Por que o mundo é redondo? O que tem a ver?
- Para ninguém se esconder nos cantinhos, oras!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Endometriose: Silenciosa e agressiva...

A endometriose é uma doença que atinge cada vez mais mulheres no Brasil, uma média de seis milhões de mulheres. É importante que seja diagnósticada a tempo, para que haja uma melhor eficácia no tratamento. Em São Paulo o número de casos aumentou de 1.205 registros no ano 2000 para 3.429 no último ano, um aumento de 64,8%. Esse número representa cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Dados do NEPE (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Endometriose).
Essa é uma doença que é caracterizada pela presença de partes do endométrio (tecido que reveste o útero), em outros órgãos do corpo e pode causar a infertilidade na mulher. Durante a ovulação, esse tecido já mencionado, o endométrio, cresce. Isso é a preparação do corpo da mulher para a gravidez. No entanto, se ela não engravida, esse tecido se desmancha e ocorre a menstrução. Mas em algumas mulheres, parte desse sangue atravessa as trompas e se acumula no organismo, formando nódulos no ovário, no intestino e na bexiga.
Os principais sintomas da endometriose são: Cólicas fortes que pioram a cada mês, o aumento do fluxo menstrual, dores abdominais fora do período menstrual, dor durante a relação sexual e até, em alguns casos, sangue na urina. Porém essa moléstia pode não apresentar qualquer sintoma, dependendo do seu estágio, pois, segundo a NEPE, uma paciente demora, aproximadamente entre sete e dez anos para descobrir que tem a doença. Muitas mulheres acabam descobrindo o mal, somente quando tem dificuldade para engravidar. Em muitos casos, a doença já está adiantada e com grande prejuízo da anatomia pélvica.
A endometriose pode ser considerada uma doença moderna, pois de acordo com o responsável pelo Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), Dr. Maurício Arão, antigamente, as mulheres menstruavam menos, porque engravidavam mais vezes. Isso inibia o desenvolvimento da doença. Atualmente, a mulher tem aproximadamente 400 menstruações durante todo o seu período reprodutivo. No início do século passado este número era de 40. Entretanto, há outros fatores relacionados à doença, como aspectos genéticos e imonológicos que podem ter ligação com o estresse e a ansiedade.
No momento em que a paciente tem essa doença diagnosticada, é feita uma cirurgia para corrigir o problema em conjunto com um tratamento feito a base hormônios que serve para suspender a menstruação. A cura da endometriose traz, as pacientes, mais qualidade de vida e também a oportunidade de recuperar a capacidade reprodutiva. A atriz Adriana Esteves já foi vítima dessa moléstia e hoje tem dois filhos.Existem associações que visam divulgar e combater a doença. É o caso do NEPE, que foi idealizado pelo Dr. Maurício Abrão, e a ABEND (Associação Brasileira de Endometriose), que foi criada por pessoas que não são formadas em medicina. Fique atenta e caso haja algum indício procure um ginecologista!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Hepatite

Para quem gosta de estar sempre com as unhas bem feitas, mas prefere ir a uma manicure para tal, o ideal é ficar alerta. Isso por que em cada dez manicures de São Paulo, uma tem hepatite. Na população total, a relação é de 1 para cada 100 pessoas. 85% dos paciente que têm hepatite C terão a doença para o resto da vida, enquanto os 10% dos infectados por hepatite B, também correm o risco de carregar a doença para sempre, se não fizer tratamento adequado.
E a má notícia é que os salões de beleza podem ser agentes transmissores de diversas doenças que se propagam pelo sangue. Como a hepatite, por exemplo. Saiba como evitá-la.
A hepatite é uma doença do fígado provocada por um vírus. Ela é assintomática (não tem sintomas: é preciso fazer exame para detectá-la). Em alguns casos, a doença pode evoluir para cirrose ou até câncer de fígado.

Ao se direcionar a um salão de beleza preste atenção nos itens obrigatórios:
- Kits individuais de lixas e palitos;
- Germicidas e sabão para a limpeza dos materiais cortantes;
- Autoclave (espécie de forno usado para esterilizar as ferramentas cortantes);
- Materiais descartáveis;

Dicas para as clientes:
- Leve sua própria toalha;
- Leve seu próprio alicate;
- Leve seu próprio esmalte;
- Exija que a manicure use luvas o tempo todo;

Para as manicures:
- aprenda esterilizar corretamente os objetos cortantes do salão;
- Peça para suas clientes trazerem os materiais que serão usados na sessão;
- Vacine-se contra a hepatite B;
- Na estufa: temperatura de 170º C por uma hora ou de 160º C por duas horas;
- No autoclave: varia de acordo com o fabricante. A média é 135º C por meia hora;

O salão não é o único local onde é possível que o indivíduo seja contaminado com esta doença, mas é um dos lugares de risco. E salões mais baratos ou manicures independentes que cobram valores baixos, há uma chance maior contágio.

salário mínimo

Gentem, o salário mínimo aumentou de R$ 415, para R$ 465, e já está vigorando desde o dia 01 de fevereiro. Entendo que, no momento, nossos cofres públicos não tenham condições de bancar um aumento maior de salário mínimo. Mas também acredito que se a corrupção fosse menor, o dinheiro do contribuinte renderia muito mais.

Para incentivar a compra da casa própria

Mais uma medida contra a crise financeira. Segundo a Secretária Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades, Inês da Silva Magalhães, o governo pretende aumentar o subsídio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para habitação, de R$ 1,6 bilhões para R$ 2,5 bilhões.
A medida visa beneficiar famílias que tem renda de até R$ 2.000,00 por mês, e faz parte do plano de habitação que o governo está formulando para estimular o setor. Segundo a CEF (Caixa Econômica Federal), com estes R$ 900 milhões extra será possível financiar cerca de 21 mil casas a mais, ou seja, 55%.
Atualmente, quatro bancos têm a linha de crédito com recursos do FGTS: CEF, Banco Real, Santader e Nossa Caixa. O Banco do Brasil estará autorizado até março a disponibilizar este tipo de crédito.
Na proposta consta que se o mutuário perder o emprego poderá ficar até três anos, sem pagar a prestação. Hoje, só podem ser financiados com o dinheiro do FGTS, imóveis de até R$ 350 mil, com a nova proposta o valor será ampliado para R$ 500 a R$ 600 mil. Outra vantagem que está sendo analisada é que se possível deduzir os juros pagos nos financiamento habitacionais do Imposto de Renda, mas de forma escalonada.
E mesmo se a renda familiar for maior que R$ 2.000, o requerente também pode utilizar o FGTS para comprar seu imóvel, no entanto, os juros cobrados serão mais altos. Celso Petrucci, membro do Conselho Curador do FGTS, avisa que estas propostas ainda estão em estudo.
Essa medida pode significar uma maior possibilidade para que pessoas carentes consigam comprar uma casa. Esperemos que estas propostas sejam realmente aprovada. E que, principalmente, surtam efeitos palpáveis na prática.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ingá, Jambo e Abiu... Já ouviu falar?

O primeiro registro de Ingá (Inga edulis Mart), em nossa terra, é de Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), em Tratado Descritivo do Brasil:
"Engá é árvore desafeiçoada que se não dá senão em terra boa, de cuja lenha se faz boa decoada (processo onde se ferve água com cinza nas fornalhas para limpar o caldo da cana) para os engenhos. E dá uma fruta da feição das alfarrobas (fruto da alfarrobeira) de Espanha, e tem dentro umas pevides (sementes achatadas) como as das alfarrobas, e não se lhe come senão um doce que tem derredor das pevides, que é muito saboroso".
O fruto fica dentro de uma vagem grande, com sementes pretas e brilhantes, envolvidas por uma polpa branca (parecendo algodão), macia e adocicada. Essa polpa é consumida só ao natural. A árvore é originária da Região Norte, onde as vagens são ainda maiores que as do Nordeste, lembrando cipós retorcidos. São, por isso, chamadas de ingá-cipó. É arvore de grande porte, chegando a 15 metros de altura.
Com o tempo, foi-se espalhando por todo o Nordeste. Existem mais de 200 espécies. É consumida apenas ao natural, mas também usada pela medicina caseira, no tratamento da bronquite (xarope) ou como cicatrizante (chá). Duram muito, até 15 dias depois de colhidas. E podem ser encontradas nos mercados públicos ou pelas ruas.
O nome vem do tupi i'na, significando embebido, empapado - provavelmente por conta de nascer sempre, a árvore, em regiões de beira d'água, nas margens de rios e lagoas. Para os índios da região amazônica, nunca fez parte das refeições normais. Era só alimento de fim de tarde. Permanece assim até hoje.
O jambo (Eugenia jambos Linn.) veio da Índia. Em Goa, era conhecido como djamún. Em Bombaim, jambul. Em Málaca, jambo. A primeira referência, em português, vem de Garcia da Orta (1499-1568): "Essa fruta que vos mostro é muito estimada nesta terra".
Ao Brasil foi trazida no início do século XVI. São muitas as variedades desse jambo. O vermelho, ou jambo-do-pará, se come ao natural ou se usa para fazer compota. Rosa, mais comum de todos, é o preferido das crianças. Há também amarelos e brancos, embora mais raros. Estes últimos, segundo Pio Corrêa (Dicionário das Plantas Úteis do Brasil) "são muito belos, parecendo feitos de porcelana ou parafina". Câmara Cascudo observa que pertencem às predileções populares, e "não aparecem em mesa de gente fina nem são saboreados por criaturas eminentes". Não sabem, coitados, o que estão perdendo.
(este texto foi tirado do site: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3499033-EI6614,00-Inga+e+jambo.html)

Ao ler esta matéria, fiz uma viagem ao passado. Lembrei-me de quando era criança. Eu morei na Bahia dos três anos até os nove. Meus primos e eu brincávamos muito, e subíamos em árvores.
Chupei muito ingá nesta época. É uma fruta que tem sabor de passado e de saudade para mim! Há outras frutas que, para mim, tem o mesmo gosto. Como, por exemplo, o Jambo vermelho. Inclusive, minha mãe, que tinha ido passar as férias na Bahia, trouxe alguns para mim.
E, ainda, uma outra fruta deliciosa que nunca encontrei aqui em São Paulo, o Abiu. Esta última, eu voltei a experimentar a aproximadamente dois anos atrás quando fui à Bahia para passar minhas férias.
Antes disso, a última vez que visitei a Bahia, eu tinha uns 13 anos. Então, além de comer a fruta, foi delicioso poder ver as pessoas que eu não via há muito tempo e passar por lugares que eu só tinha em minhas lembranças.
Entre a casa de minha avó e a casa de um tio, havia uma estradinha com a qual eu vivia sonhando. Assim, foi muito bom rever não só este lugar, mas vários outros e matar a saudade! Descobri que algumas coisas, e todas as pessoas mudaram, mas é sempre bom mudar, afinal estar vivo é estar sempre metamorfoseando, certo?Entretanto, voltando ao assunto das frutas, são deliciosas e quem tiver a oportunidade de experimentar não a perca! (Mesmo que, para você, não tenha gosto de passado).

Se eu fosse você 2

Neste sábado, fui assistir ao filme Se eu fosse você 2, dirigido por Daniel Filho, com Glória Pires e Tony Ramos. Os dois representam um casal que decide se separar, mas ainda se amam. E os conflitos que geralmente acontecem nessas fases, são agravados pela troca de corpo (um assume a personalidade do outro).
Devo dizer que o filme é muito engraçado. Eu recomendo! Assisti ao Se fosse você 1 e gostei bastante. No entanto, neste achei que o Tony Ramos e a Glória Pires estavam mais soltos e à vontade. A cena em que a personagem da Glória Pires, a Helena, joga futebol no corpo do persongem do Tony Ramos, o Claudio, é hilária. Na verdade, eu sou fã de carteirinha do Tony Ramos! Mas, tietagem à parte, o filme é muito bom!
Vale a pena conferir.
Incentive o cinema nacional.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um conto - A escolha...

Helena namorava Juliano há um ano e meio. E conhecia Laura há nove anos, a quem considerava uma grande amiga. Um dia, enquanto ela curtia um gostoso clima de romance com o namorado, ele veio com uma história cômica:
- Você gosta mais daquela sua amiga, a Laura, do que de mim!
- Mas que absurdo!
- Absurdo nada! Quer ver? Se acaso você estivesse em um barco. E a Laura e eu no mar, se afogando. Mas você só pudesse socorrer um dos dois, quem você salvaria?
- Ah! Eu me recuso a responder esta pergunta boba!
- Ah, é assim? Isso significa que você a salvaria!
- Amor, claro que não! Eu amo você! – E depois de uns beijinhos, tudo passou...
No dia seguinte, no meio de um bate papo com sua amiga Laura, ela contou o diálogo com o ciumento rapaz. Laura riu e nada comentou...
O namoro acabou, aproximadamente, um ano depois dessa conversa. A amizade de Helena com Laura perdurou e continua.
Helena ficou tristinha após o fim do relacionamento, e Laura a consolou. E em uma dessas conversas, enquanto a amiga se lastimava, Laura comentou:
- Pensa pelo lado positivo, se naquele barco você tivesse escolhido salvá-lo, agora quem estaria te consolando?

Moral da história: Escolher para quê? Há tempo para tudo!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quem tem a taxa mais alta? Saiba já...

No site do Banco Central (BC) há um ranking com todas as instituições financeiras, que serve para mostrar quem cobra taxas maiores ou menores no mercado. Essa ferramenta já está disponível a bastante tempo, mas agora o BC dará mais visibilidade. As informações constam no endereço www.bcb.gov.br, no capítulo “taxas de juros de operações de crédito”. O intuito é incentivar aos cidadãos a consultarem a lista antes de tomar um empréstimo.
O levantamento mostra, por exemplo, que o HSBC cobra, em média, 10,02% ao mês no cheque especial, quase 50% a mais do que os 6,78% mensais da Caixa Econômica Federal (CEF).
No crédito pessoal, os juros aproximados cobrados pelo Bradesco (5,27% mensal) equivalem a quase o dobro dos 2,80% do Banco do Brasil. A CEF é o banco que oferece a menor taxa, dentre os dez bancos do país.
O nível da taxa básica de juros, a Selic, hoje está em 12,75% ao ano.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Soneto do amor total

Soneto do amor total
(Vinícius de Moraes)

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amor mais do que pude.


Amooooooooo este soneto... acho que, para mim, é o mais lindo do mundo!
Grande Vinícius!!!!!

Crise, criseeee, criiiiseeeeeeee....

O resultado da primeira pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) de projeções e expectativas de mercado de 2009, que consultou analistas de 34 instituições financeiras associadas, reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,87% neste ano. Em dezembro, a estimativa era de avanço de 2,56%.
A cada dia, quando leio o jornal percebo que o desemprego aumenta. A expectativa sobre o crescimento e desenvolvimento do país para este ano, está diminuindo. Espero que esta crise ameninze no ano de 2010. Mas, cheguei a ler no jornal que talvez não melhore antes de 2011. No início da crise foi previsto pelos economistas, que este seria um ano complicado para o Brasil, assim como para o mundo. Países como o Japão, segunda maior economia mundial, entrou em recessão. Nos Estados Unidos, o número de desempregados só aumenta. Muitas pessoas físicas pedindo falência (lá é um procedimento normal perante a lei).
No Brasil, nunca e nem de forma tão rápida a indústria sofreu uma derrocada tão forte como no último trimestre de 2008. (informação da Folha de São Paulo). Em comparação com dezembro de 2007, a retração foi mais intensa: 14,5%, também a maior desde 1991. Com isso, o último trimestre fechou com queda de 6,8% ante o terceiro trimestre e de 9,8% em relação ao mesmo período de 2007.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até setembro de 2008 o Brasil gozava da terceira maior taxa de crescimento da produção industrial entre os países com parques fabris maduros do mundo. Tal expansão, porém, foi abortada pela crise.
Sinto muito por toda esta situação, pois o Brasil estava indo bem em seu caminho de crescimento. Mas por outro lado, quem sabe não é o momento dos EUA perder um pouco deste poder, que muitas vezes, é tão mal utilizado?
Quando Barack Obama ganhou a eleição para presidente, acompanhei pela televisão tanta esperança por parte das pessoas que o elegeram e até de outras partes do mundo, de que ele pudesse fazer algo para resolver todos os problemas que o seu país está enfrentando e, consequentemente, melhorar a situação mundial. Li até crônicas que ironizavam a situação. Afinal são grandes problemas.
Claro que tudo que está acontecendo atualmente é muito maior, mas comparei a esperança e o carinho do povo para com Obama, com a vitória do presidente Lula no seu primeiro mandato e a esperança que cada brasileiro depositou nele, acreditando que ele iria melhorar as coisas.
Acredito que Lula foi bem em algumas coisas, e em outras poderia ter sido melhor. E espero que Obama consiga suportar a pressão e fazer um bom trabalho.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Racha sobre anistia no governo.

Enquanto para a Casa Civil não foram contemplados pela Lei da Anistia os agentes que cometeram “crimes comuns como lesão corporal, estupro, atentado violento ao pudor, homicídio, ocultação de cadáver e tortura” durante a ditadura militar (1964-1985), para o Ministério da defesa não é possível identificar autoridades responsáveis pelos delitos e que o esquecimento penal desse período negro de nossa história contribui para o desarmamento geral.
O Ministério da Defesa, Itamaraty e Advocacia Geral da União querem o perdão aos torturadores. Nelson Jobim, Ministro da Defesa, defende o esquecimento e as Forças Armadas dizem que a anistia liga-se a fatos e possui caráter impessoal, não podendo ser aplicada a indivíduos.
Já o Ministério da Justiça, a Casa Civil e a Secretária dos Direitos Humanos são favoráveis a punição. Os chefes dos três últimos órgãos combateram a ditadura. Dilma Rousseff, responsável pela Casa Civil, esteve presa do início de 1970 até o final de 1973. Ela em conjuntos com os órgãos que são favoráveis a penas para os crimes comuns já citados, afirmam que a Lei da Anistia não prevê esses crimes porque ocorreu estímulo a uma interpretação distorcida dos conceitos apresentados na lei, que acabou se tornando perfeitamente favorável ao ocultamento e impunidade destes crimes que foram cometidos por agentes em exercício no período em questão. E como estes crimes nunca foram admitidos pelo governo dos generais que encaminhou a lei ao congresso, consequentemente não se encontrarão na gênese.
Essa decisão que seria do Executivo, ficará a cargo do STF (Supremo Tribunal Federal).

Eu sou favorável a punição deste tipo de crime. Muitas pessoas enlouqueceram por sofrerem humilhações inomináveis, entre outros tristes desfechos. Uma troca de tiros é chocante, mas é consequência da luta. No entanto, um estupro covarde, choque elétrico, entre outras terríveis ações que foram cometidas em muitos porões na época da ditadura só agrediram a dignidade das pessoas e satisfez pessoas sádicas.

Ciladas do Consumo exagerado...


Vivemos uma época em que muitas pessoas se baseiam no ter. O que pode levar alguns indivíduos a gastar mais do que ganham. Estava lendo uma matéria relacionada às pessoas que compram o que não precisam e como isso pode encaminhar uma pessoa às dívidas e a ruína.
Segundo a psicanalista Márcia Tolotti, as linhas de crédito são fáceis e elásticas, sem dar a noção real do que realmente o consumidor terá que pagar. O marketing, muita vezes, sem escrúpulo, que cria a ilusão de que é preciso ter tudo para ser feliz. Essas são algumas das armadilhas do consumo a que estamos sujeitos.
A psicanalista alerta que como é difícil superar a frustração, é comum o indivíduo tentar compensar a decepção com a aquisição de bens que nem sempre são necessários naquele momento. Muitas pessoas convivem com uma ânsia dentro de si que descontam no comprar desmedido, é a “urgência do desejo”: todos querem tudo e já! Outros vilões que são responsáveis pelo consumismo desenfreado são: a tristeza, a angústia, a baixa autoestima e a culpa.
Márcia aconselha que para se curar deste transtorno compulsivo é importante admitir que há um problema e que a consequência disso são perdas financeiras e também de qualidade de vida, afinal quando a pessoa está com muitas contas a pagar, ela não consegue ficar tranquila e feliz.
O passo seguinte é buscar orientação por meio de livros, cursos, palestras, ou seja, é imprescindível se educar financeiramente. Reflita sobre seu lado emocional e analise se está equilibrado. Pergunte-se o que você está buscando quando compra o que não precisa e gasta o que não pode? O que está tentando resolver ou compensar? Há alguma perturbação? Caso a resposta para este último questionamento seja positiva, com certeza não é em nenhuma loja que você encontrará a resposta.
A psicanalista orienta que a resposta, com certeza, está interna, e relacionada também com a caminhada familiar, profissional, espiritual e social.
Passos indicados por Márcia antes da compra:
- Faça a si mesmo as seguintes perguntas: O que significa para mim ter este produto? Quero por necessidade ou por vaidade?
Alguns cuidados a serem tomados:
- Não parcele o pagamento do cartão de crédito.
- Não faça financiamentos longos.
- Calcule o valor total das compras e veja quanto de juros está pagando.
- Calcule quantas horas você precisará trabalhar para pagar aquele produto.
- Invista no que é mais importante: sua espiritualidade, sua família, seu conhecimento e seu trabalho;

O caso Cesare Battisti

Cesare Battisti é presença constante nos noticiários brasileiros nos últimos tempos, e é o pivô da crise diplomática que o Brasil está enfrentando com a Itália. Ele é ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, uma facção de extrema esquerda italiana. Foi condenado a prisão perpétua na Itália, sob acusação de ter matado quatro pessoas na época em que era militante. Em 1981, ele conseguiu fugir para a França, e lá, obteve status de refugiado político. Amparado pela doutrina Mitterrand, que protegia ex-guerrilheiros, residiu na França por 11 anos. Nesse período casou-se, teve duas filhas e se tornou um escritor. Quando Jacques Chirac reviu a doutrina, Cesare fugiu para o México para não ser preso, e posteriormente veio para o Brasil.
Atualmente, Battisti se encontra na penitenciária da Papuda, em Brasília. O ex-militante teme ser assassinado caso seja extraditado para a Itália. O Ministro da Justiça, Tarso Genro, baseado no argumento de que o ex-guerrilheiro não teve amplo direito à defesa, optou por conceder refúgio político a ele.
Foi aí que começou o problema com a Itália. Mas será que é para tanto? A Revista Istoé desta semana discute o seguinte tema: Por que um interesse tão grande e esta perseguição tão ferrenha a este homem? Quando as notícias sobre Cesare são exibidas nos veículos de comunicação, ficam algumas perguntas no ar, como: Será que ele é culpado ou inocente? Será que ele é um indivíduo cruel ou apenas alguém que se deixou levar pelas ideologias em que acreditava, que até cometeu alguns erros e está arrependido?
O ex-militante não admite os crimes pelos quais é considerado culpado pela justiça italiana. E o julgamento, na época, foi feito a sua revelia, ou seja, aconteceu sem a sua presença. O seu direito de defesa foi furtado mediante uma farsa, já comprovada cientificamente (Uma carta em branco assinada por Cesare, que foi deixada nas mãos de um advogado de caráter duvidoso, na qual foi acrescentado posteriormente um texto falso, em que dizia que o réu estava ciente da realização do julgamento).
Na ocasião foi usado como conclusivo para condená-lo, apenas, a palavra de um réu que se beneficiou da delação premiada (quando um preso recebe algum benefício, caso sirva de testemunha e delate um acontecimento criminoso), pois não haviam outras provas contra ele. Julgaram-no responsável por duas mortes que ocorreram no mesmo dia e em cidades diferentes. A impossibilidade física de ele estar presente em ambas no mesmo momento não foi levada em consideração. Apesar de todos estes fatos apresentados, Cesare Battisti, não terá direito a um outro julgamento caso seja extraditado a seu país de origem. De acordo com a Itália, ele já está condenado e o assunto encerrado. Mas ao analisar a questão, não é correto proporcionar a todo ser humano um julgamento justo e com pleno direito de defesa?
A Itália, ao saber da decisão do Ministro da Justiça brasileiro, solicitou o regresso do embaixador italiano, Michele Valensise, daqui do Brasil. Na diplomacia a convocação de um embaixador é o último ato de um governo antes do rompimento definitivo nas relações amigáveis.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao presidente da Itália, Georgio Napolitano, explicando os motivos brasileiros para manter a decisão do refúgio a Battisti. Lula ainda complementou que este foi um ato soberano do Brasil e que deve ser respeitado, mas a carta não surtiu nenhum efeito.
Há alguns dias, chegou ao Brasil o Chanceler Franco Fratini, com a missão de convencer o Supremo Tribunal Federal a reavaliar o caso. No entanto, o presidente da Corte Gilmar Mendes, afirmou que a chance de Battisti permanecer refugiado no Brasil é grande, pois a lei proíbe a extradição quando já foi reconhecido o refúgio.
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, incapaz de reconhecer a própria decadência, já fez diversas ameaças, caso o Brasil não reveja a sua posição. Ele disse que a Itália não permitirá que o Brasil faça parte do G-8, clube das nações mais ricas do mundo, considerou executar um boicote comercial e quase cancelou um jogo amistoso entre as seleções dos dois países. Esse mesmo primeiro-ministro, disse na semana anterior, em um discurso, que a única forma de evitar estupros, seria colocar um soldado ao lado de cada jovem italiana, pois são excessivamente belas, é apenas um exemplo entre outras declarações infelizes que ele fez. No entanto, parece que se considera superior e disse que não aceita lições de moral do Brasil.
Houve um episódio na França no ano anterior, que pode levar-nos a refletir: Quando o governo francês decidiu não extraditar a terrorista italiana Marina Petrella, ex-militante das Brigadas Vermelhas, alegando razões humanitárias, Roma, apesar de não ter gostado da decisão tomada pela França, acabou acatando a decisão do país.
Então porque não aceitar a decisão do Brasil neste caso? A Revista Istoé aponta como um dos motivos, a síndrome de vira-latas que muitos brasileiros têm, afinal no consulado italiano há fila de conterrâneos nossos solicitando a dupla cidadania. Pessoas como Gilberto Gil, famoso interprete da MPB (música popular brasileira) e Marisa Letícia, esposa do presidente Lula, já conseguiram a sua. Talvez, mais esse acontecimento mostre que o Brasil precisa se valorizar mais, para assim ser valorizado pelos outros povos. O ex-militante Battisti está confiante de que a justiça brasileira não o entregará aos italianos e já faz planos de viver no Brasil com a mulher e as duas filhas. Espero que o refúgio a Battisti seja mantido. Temos como lembrança o que aconteceu a Olga Benário quando esta foi entregue nas mãos dos nazistas. Foi morta em uma câmara de gás. Agora, o caso está nas mãos do ministro de um país democrático, com uma trajetória idealista a honrar.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um conto - O plano infalível...


Nina e Joana moravam em Campo Limpo Paulista e eram amigas há bastante tempo e faziam parte de um grupinho de garotas que gostavam de frequentar bailes country. Às vezes, outros amigos iam juntos nos bailes, mas Nina, Joana e Ana sempre estavam juntas em todas ocasiões. Nina e Ana eram loiras, enquanto Joana era morena, todas bonitas.
O fato é que Nina começou a paquerar um moço que se chamava Francisco. Ele foi apelidado por ela e pelas amigas de Cowboy, pois sempre ia aos bailes a caráter (de chapéu, roupas e adereços condizentes ao ambiente country). Nina conseguiu ser apresentada a ele por intermédio de um amigo e os dois começaram a se envolver. No entanto, o relacionamento não vingou. O moço só queria dar uns beijinhos e não queria compromisso sério, então Nina resolveu se afastar. A moça ficou um pouco triste, mas o lema das garotas era sempre: “tirou a bota, acabou o amor!” (Uma analogia entre o amor e o mundo country, para evitar sofrimentos desnecessários. Mas que nem sempre dava certo...).
Assim, nada de ficar em casa curtindo fossa, Nina combinou com algumas amigas de ir no fim de semana seguinte ao rompimento, em um barzinho country chamado Bar do Carlão, situado em Cajamar. Como Joana, não estava muito bem, resolveu não ir.
Os dias passaram e chegou o dia do passeio. Nina foi com a Ana e outras amigas. Lá, ela conheceu um rapaz e se divertiu muito. No decorrer da noite ela descobriu que ele se chamava Pietro e que era amigo do Cowboy, seu ex, apesar dela nunca ter notado a presença dele antes. Ele trabalhava na mesma empresa que seu pai, o seu João, na Thyssen Krupp, (uma grande empresa multinacional localizada no município de Campo Limpo Paulista que tem, em média, uns 1.800 funcionários). O rapaz contou-lhe ainda que morava na cidade de Várzea, no mesmo bairro do seu ex. Mas apesar de ter gostado da noite e do rapaz não pegou nenhum contato dele e, também, se recusou a passar o seu.
Na segunda-feira, Nina, empolgada, contava todos os acontecimentos do domingo: como a noite foi divertida, que conheceu um moço bacana e como ela tinha gostado dele. A semana ia transcorrendo sem grandes novidades, mas Nina não esquecia o jovem do baile e não parava de falar nele. Joana perguntou-lhe por que ela não deu o número de telefone ao Pietro já que gostou dele. A menina respondeu que não deu o número, pois sabia que ele não ia ligar, esses ‘baladeiros’ geralmente não retornava no dia seguinte.
De tanto que Nina se referia ao moço, Joana comentou que achava que ele até ligaria. Foi o que bastou para a menina ficar suspirando arrependida de não ter dado seu telefone ao rapaz. Então, Joana resolveu pensar em alguma forma de ajudar a amiga. E é aí que realmente começa a nossa inusitada historinha...
Achar o parcialmente desconhecido, Pietro, já que sabíamos dele somente quatro pequenas informações, era como achar uma agulha no palheiro, como diz o ditado popular. Elas até pensaram em falar com o pai de Nina para que ele localizasse o pretendente da filha, mas não seria mais fácil para ele. Apesar dele ser funcionário da empresa há 20 anos, eram 1.800 funcionários e as informações que tínhamos do moçoilo eram muito limitadas.
Joana então teve uma ideia fora dos padrões, que a princípio pareceu absurda, mas que aos poucos Nina começou a gostar... Ela costumava dizer que Joana e ela pareciam o Cascão e a Cebolinha com seus planos infalíveis... E vamos ao plano:
Joana sugeriu que fosse feita uma ligação ao cowboy, ex da amiga e ele mesmo passaria o telefone de Pietro (amigo dele) para elas... Nina riu da possibilidade, mas à medida que o tempo foi passando a ideia foi amadurecendo na cabeça de Joana. Quem entraria em contato com o Cowboy seria ela mesma, a Joana, pois, do contrário, o rapaz poderia reconhecer a voz de Nina, já que eles já tiveram um breve envolvimento. E essa ligação seria feita na cidade em que ambas trabalhavam (Jundiaí) e de um telefone público, para que ficasse mais difícil uma possível associação do número à imagem da ex. Então decidiram ligar do Bolão (Centro Esportivo de Jundiaí), que ficava próximo do local onde elas trabalhavam e na hora do almoço das duas.
Assim, por volta das 12h, seguiram para o local e Joana ligou de um telefone público, usando um pseudônimo e dizendo que trabalhava em uma famosa loja de calçados da região:
- Oi, bom dia, Sr. Pietro. Eu sou Carla, trabalho aqui na Passarelas e preciso fazer uma atualização de cadastro.
- Oi, Carla, deve haver algum engano, meu nome é Francisco e não Pietro. - Disse Cowboy.
- Então, Sr. Francisco... Esse número de telefone consta na ficha do Sr. Pietro. É uma ficha muito antiga e a maior parte das informações se apagaram. Aqui só consta o primeiro nome, esse número de telefone, o bairro e cidade onde ele mora e o local onde trabalha que é a Krupp. O sr. não tem nenhum amigo com esse nome que possa ter dado seu número como sendo de recado?
- Ah, eu tenho um amigo com este nome, mas ele tem telefone. Por que daria o meu número como recado?
- Na verdade, não sei... Como eu disse é uma ficha bem antiga... Você não poderia me passar o número de telefone dele? Aí eu ligo e falo com ele mesmo...
- Não... É melhor você me passar o seu telefone e eu passo o recado para ele! - Quando Francisco terminou de falar, Joana ficou meio sem saber o que dizer, pois não poderia passar o telefone dela, por razões óbvias. Então, rapidamente veio uma ideia.
- Não adianta eu te passar o meu número, pois só trabalho até às 13h e só eu posso fazer esta atualização.
- Então, está bem... - E depois de pensar um pouquinho, ele acabou passando o telefone residencial do amigo.
Mesmo tendo o contato do almejado pretendente nas mãos Nina titubeou, pois não teria coragem de ligar para o rapaz. E talvez não fosse a melhor solução, pois se ela ligasse diretamente para o moço, ele perceberia que ela enganou o ex para pegar o número de telefone dele. Nina achou que não ficaria bem. Assim, Joana voltou a entrar em ação e ligou para o telefone residencial de Pietro. E por sorte, a mãe do rapaz atendeu:
- Olá, querida, eu sou Maria, a mãe dele. Ele acabou de sair para a academia...
- Então, dona Maria, meu nome é Carla, trabalho nas lojas Passarelas e estou fazendo a atualização do cadastro do seu filho. Será que a senhora pode me ajudar? Consta no cadastro que ele trabalha na Krupp, ele ainda trabalha lá?
- Sim, ele trabalha.
- Na verdade, isto é até uma coincidência, pois meu irmão também trabalha lá. - Joana não tinha irmãos, essa era uma pequena mentirinha para que dona Maria passasse as informações. E deu certo. A simpática senhora passou.
- Ah, é?
- É sim. Quem sabe, eles não se conhecem, né? Em qual seção seu filho trabalha? – E assim, Joana conseguiu o que queria. Estando de posse dos dados corretos sobre a seção que o moço trabalhava na Krupp, horário, entre outros pormenores, Nina falou com o pai dela para que ele entrasse em contato com Pietro, e que dissesse a ele que o achou baseado no pouco que Nina sabia dele. O seu João, um senhor simpático e engraçado aceitou a incumbência dada pelas duas criativas e atrapalhadas meninas e ligou para o moço:
- Viu, você é o Pietro que conheceu minha filha no Bar do Chicão?
- Olha, eu não sei do que você está falando? - A princípio o rapaz foi atender meio com o pé atrás, afinal os homens da empresa costumavam brincar com os colegas de trabalho, pregando peças uns nos outros, mas depois ele foi percebendo que o assunto não era piada e foi relaxando:
- Não é você que vai ao Bar do Chicão e conheceu uma loira lá, a Nina, no domingo passado?
- Vou ao Bar do Carlão e não do Chicão! E conheci uma moça sim.
- Então... É isso aí. Minha filha disse que conheceu você nesse barzinho aí. Ela me pediu para eu passar o telefone dela para você... - E assim o Seu João, passou os telefones de contato da filha: passou o telefone residencial, celular, o da amiga Joana, o dele mesmo, todos os telefones em que Pietro poderia encontrar a moça.
Pietro não se fez de rogado e ligou para Nina no mesmo dia. O encontro foi marcado para a noite. Era uma quinta-feira. Eles começaram a sair e tudo estava muito bem. Até que no domingo seguinte, no fim da tarde Pietro liga para Nina e diz:
- Viu, Nina, aconteceu algo muito curioso...
- O que?
- Hoje eu fui em um encontro de motos e o Francisco estava lá. Aí ele veio com uma história estranha, dizendo que uma menina meio burra da loja Passarelas ligou para ele para atualizar um cadastro e, a tal moça afirmou que eu tinha dado o telefone dele para recado. Francisco comentou que a menina não sabia nada de mim e ele acabou passando o meu telefone para ela. Só que eu nunca dei o telefone dele como recado para ninguém. Então, quando cheguei em casa, minha mãe disse que ligou uma moça da Passarelas, com a mesma história que contou para o Francisco. Minha mãe, que ainda achou a mocinha da 'passarelas' simpática, acabou passando todos os meus dados por telefone para essa desconhecida. Aí, o seu pai consegue me achar misteriosamente na Krupp e me liga. Como ele conseguiu, no meio de 1.800 funcionários? Estive pensando e me perguntei se você tem algo a ver com tudo isso? - Nina gelou. E, por coincidência, naquele momento Joana estava chegando na casa de Nina. Foi aí, que Nina achou uma saída, ela disse que sua amiga Joana tinha percebido que ela tinha ficado afim dele e resolveu ajudá-los a ficar juntos. E aí, com a melhor das intenções, ela combinou tudo com o seu pai e os dois armaram tudo. Pietro engoliu a desculpa e eles namoraram por dez meses.
E depois? Ah, o depois... Isso quem determinou foi o destino... Juiz implacável que sempre conduz as histórias. Bom, de repente o implacável desta frase pode ter significado boas surpresas.

Sempre quis contar esta historinha... É baseada em fatos reais... Os nomes são fictícios...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Acordo Ortográfico

Em outubro do ano passado, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, assinou o novo Acordo Ortográfico, que começou a vigorar no dia 01 de janeiro e teve como objetivo alterar algumas palavras do vocabulário brasileiro. Essas mudanças visaram tornar a língua portuguesa mais uniforme entre os países que falam o idioma. Houve diversas alterações, como: o vocabulário passará a contar com três letras a mais: K, W e Y. Essas letras já eram utilizadas no país, mas sem ser reconhecidas formalmente. Algumas palavras como: Ideia, pera, pelo, bocaiuva, creem, perdoo, entre outras, perderam o acento. O trema foi extinto, mas será mantido em palavras estrangeiras e suas derivadas. As regras com relação à utilização do hífen também sofreram alterações.
Muitos reclamaram das novas regras, enquanto outros acreditam que com o tempo todos acabarão se acostumando. Tudo que é novo costuma causar um certo receio nas pessoas, mas com o tempo todos se adaptarão. Até dia 31 de dezembro de 2012 ainda serão aceitos escritos na norma antiga. Mas é melhor ir treinando, pois o tempo passa depressa...
Enquanto você não fica craque, pode pedir socorro em alguns sites como o Flip (Ferramentas para a Língua Portuguesa), no qual é possível fazer as verificações. o endereço é: http://tinyurl.com/ckfvcu. Ele analisa o texto e devolve as palavras com as devidas correções. E há ainda o site Interney (www.inteney.net/conversor-ortográfico.php) é outro endereço que faz as alterações. Nele, o usuário digita as palavras ou o texto e, em seguida, clica em “Envia”.
E como diria uma coleginha... E vamo que vamo (sem s mesmo)... rsrsrs