quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ciladas do Consumo exagerado...


Vivemos uma época em que muitas pessoas se baseiam no ter. O que pode levar alguns indivíduos a gastar mais do que ganham. Estava lendo uma matéria relacionada às pessoas que compram o que não precisam e como isso pode encaminhar uma pessoa às dívidas e a ruína.
Segundo a psicanalista Márcia Tolotti, as linhas de crédito são fáceis e elásticas, sem dar a noção real do que realmente o consumidor terá que pagar. O marketing, muita vezes, sem escrúpulo, que cria a ilusão de que é preciso ter tudo para ser feliz. Essas são algumas das armadilhas do consumo a que estamos sujeitos.
A psicanalista alerta que como é difícil superar a frustração, é comum o indivíduo tentar compensar a decepção com a aquisição de bens que nem sempre são necessários naquele momento. Muitas pessoas convivem com uma ânsia dentro de si que descontam no comprar desmedido, é a “urgência do desejo”: todos querem tudo e já! Outros vilões que são responsáveis pelo consumismo desenfreado são: a tristeza, a angústia, a baixa autoestima e a culpa.
Márcia aconselha que para se curar deste transtorno compulsivo é importante admitir que há um problema e que a consequência disso são perdas financeiras e também de qualidade de vida, afinal quando a pessoa está com muitas contas a pagar, ela não consegue ficar tranquila e feliz.
O passo seguinte é buscar orientação por meio de livros, cursos, palestras, ou seja, é imprescindível se educar financeiramente. Reflita sobre seu lado emocional e analise se está equilibrado. Pergunte-se o que você está buscando quando compra o que não precisa e gasta o que não pode? O que está tentando resolver ou compensar? Há alguma perturbação? Caso a resposta para este último questionamento seja positiva, com certeza não é em nenhuma loja que você encontrará a resposta.
A psicanalista orienta que a resposta, com certeza, está interna, e relacionada também com a caminhada familiar, profissional, espiritual e social.
Passos indicados por Márcia antes da compra:
- Faça a si mesmo as seguintes perguntas: O que significa para mim ter este produto? Quero por necessidade ou por vaidade?
Alguns cuidados a serem tomados:
- Não parcele o pagamento do cartão de crédito.
- Não faça financiamentos longos.
- Calcule o valor total das compras e veja quanto de juros está pagando.
- Calcule quantas horas você precisará trabalhar para pagar aquele produto.
- Invista no que é mais importante: sua espiritualidade, sua família, seu conhecimento e seu trabalho;

2 comentários:

  1. É Rafa pelo jeito uma das primeiras atitudes para evitar o consumo desenfreado é olhar para
    dentro de si. O interior mais que o exterior precisa ser levado em conta, para saber do que precisamos e o que nós fará feliz.
    Parabéns pelo texto!

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