segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma viagem muito doida...


O gerente chegou e nos informou que teríamos que ir até Ibiúna para fazer um treinamento. Como apenas eu tinha carro, então me propus a levar os outros quatro integrantes da equipe. Detalhe importante a ser comentado: ninguém conhecia Ibiúna ou São Paulo...

No dia anterior a viagem, pegamos um mapa com um colaborador da empresa que conhecia o local onde o treinamento seria realizado. Para a hora da volta, ele apenas nos orientou para tomar cuidado, pois a entrada para a Regis Bittencourt era discreta. Ele salientou que tinha que ter atenção redobrada para não perdê-la, senão íamos parar em São Paulo.... Já dá para sentir, né?!

Na hora da ida, tudo bem. Foram duas horas de viagem, sem nenhum problema. Fomos cantando e conversando. O treinamento foi em um Hotel Fazenda chamado Xico Carpa. Um local maravilhoso! Tiramos fotos e aproveitamos o dia, o almoço, o treinamento... E chegou a hora da volta... Foi aí que começou tuuuudooooo!

Estava uma chuva tremenda na hora de voltar. E quando chegamos à tal entrada para a Regis, eu até dei seta para entrar, mas o único rapaz da turma disse:

- Nãããããooooooo! Segue reto! – Então, toda insegura eu obedeci e segui reto... Fatídica decisão.... rs

Depois começamos a perceber que a entrada era realmente aquela. Começamos a torcer para encontrar um retorno... Que não havia! E cada vez mais, nós adentrávamos em São Paulo.

O tempo passa... E dirige, dirige, dirige e nada! As moças começaram a buscar soluções: e uma liga para o namorado, a outra para o marido, a outra para o noivo... – Eu só dirigia...

Dirigi na Marginal Pinheiros, Raposo Tavares, Marginal Tiête, Butantã, Morumbi... E nada de encontrar o caminho de volta. Paramos para pedir informação, mas todas as vezes, quando estávamos seguindo as orientações, chegava um momento que alguém desesperava e fazia com que nós tomássemos a direção errada.

Teve um momento que eu comecei a rir sem parar. Aí o moço – um dos mais desesperados – disse, com grande preocupação:

- Ai meu Deus, você está entrando em choque! – Eu ri mais ainda e garanti para o moço que eu não estava entrando em choque. No momento em que passamos pelo Butantã, a outra começa a gritar:

- Meu Deus, eu nem acredito! Eu nunca vim aqui no Butantã! Agora posso dizer que já passei pelo Butantã! Que legal! – Sem comentários... Aí paramos e pedimos informação mais uma vez. Quando estávamos no caminho certo – o moço tinha orientado que pegássemos à direita. No entanto, passou um caminhão por nós e entrou à esquerda, saindo da Raposo Tavares. Aí a outra doida gritou:

- Segue o caminhão! – Aí uma que era um pouco mais equilibrada gritou:

- Não, não... Não segue não. – Bom não ouvi a primeira doida e virei à direita. Mas a menina dizia com tanta convicção que questionei....

- Você tem certeza que deveríamos seguir o caminhão?

- Claro! Todo caminhão segue para a pista... – Sem comentários... Porém a moça começou a desesperar e dizer que estávamos na direção errada parecendo tão certa do que estava dizendo e gritou que eu deveria entrar a primeira a esquerda. Acabei obedecendo: infeliz ideia. Nessa hora encontramos um lugar maravilhoso com umas casas maravilhosas, uns carrões e dois figorões de terno. Paramos e peguntamos:

- Viu, nós gostaríamos de saber como fazemos para pegar a Anhanguera? Estamos indo para Jundiaí (imagina falar de Campo Limpo Paulista, quem saberia?) – Aí, vi na cara do moço que ele até se compadeceu da gente: à noite, naquela chuva, doidos e sem direção... aff, aff. Então, ele disse:

- Olha, o que vou dizer é errado, mas faz o retorno ali na frente (uns 100 metros, até o fim da rua), volta por essa rua (que é contramão), entra a primeira a direita (que também era contramão) e volta para a Avenida onde vocês estavam. Sobe o viaduto para a Cidade Universitária e daí vocês cairão na Anhanguera, aí então, vocês estarão em casa.– Nesse momento decidi que não seguiria mais a orientação de ninguém que estava naquele carro. Fizemos o que ele orientou e quando estávamos na Anhanguera, a minha amiga descontrolada gritou mais uma vez:

- Entra à esquerda, à esquerda! – Nessa hora perdi o controle:

- Não vou entrar! É por causa do desespero de vocês que estamos perdidos! – O rapaz que já estava para lá de desesperado, ficava me gritando:

- Pega a via da esquerda! – ou então – Pega a via da direita! – Aí eu comecei a estressar e disse:

- Agora vou seguir minha intuição, não vou ouvir mais ninguém! – Aí a descontrolada começou a dizer:

- É nessa hora que agente conhece as pessoas: fulano e fulana é nervoso, ela (que eu) não segue conselho (imagina se eu seguisse) e que o outro não sei o que mais... Nessa hora começou a aparecer umas placas indicando a Dutra (para quem não sabe, a Dutra dá acesso ao Rio de Janeiro, Curitiba... ou seja, a situação não estava boa). Quando eu olhava para o alto, via aqueles viadutos gigantescos, caminhões sem fim... Senti que começava a sentir medo.

Dentro do carro o povo – que já estava desesperado – danou a afirmar que realmente estávamos perdidos. Aí a nossa amiga descontrolada liga para o marido e começa a gritar com ele, porque ele tinha dito que havia um retorno por ali (que ainda bem que não tinha). Nessa hora os católicos estavam rezando o terço e os evangélicos clamavam o nome de Jesus.

Então, mais para a frente, avistamos uma placa enorme informando que realmente estávamos na Via Anhanguera. A comemoração foi geral, estávamos salvos e em casa... Aí o noivo da nossa amiga mais centrada e equilibrada começou a dar as coordenadas e percebemos que nos encontrávamos na direção certa. Logo as placas indicando Jundiaí começaram a aparecer... aff, que alívio! Uma parte da Anhanguera estava alagada. Tinha até um carro boiando. Contudo conseguimos passar de boa. Até que chegamos... Bom, fica o recado: se você for para um lugar que não conhece, ande com pessoas centradas, entre no google e imprima um mapa e tenha um GPS.

Tudo novo de novo...

O ano está se findando. Sabe o que isto significa? Na verdade, nada! No ano que vem você vai ter que comer, trabalhar, tomar banho, ir ao banheiro, se alegrar ou se decepcionar com as pessoas, tudo igualzinho... Mas isso é que é divertido, né?

Já dizia Carlos Drummond de Andrade:
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

E realmente pode ser diferente! Só depende de mim e de você!

Faça e aconteça... Sempre a respeitar!

A ordem é amar – amor fraterno (exceções são permitidas... rsrs) – é realizar, e ser feliz.

Neste Natal não pense só no lado comercial: pense em Jesus, nas pessoas que você ama, perdoe aqueles que te magoaram - e caso você ache que não pode, saiba que você somente está dando a chance desta pessoa te magoar de novo. Então perdoe-a e deixe que ela se vá...

Não se concentre no Papai Noel, pois ele não é o mais importante – se é que é importante... Pense nos valores, seja solidário...

E para o Ano Novo... Faça tudo novo! Mesmo que com as mesmas pessoas, reconstrua as pontes que estão deterioradas! Aprenda a fazer piadas dos momentos tristes e siga em frente... Alguém um dia já disse que se ainda não está tudo ótimo é porque ainda não acabou!

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!

Céu...

O que é o céu para você?

Para mim é um lugar onde predominam o branco, o transparente e o etéreo...

Os mais materialistas imaginam um lugar cheio de pedras preciosas e ouro...

Há os que nem acreditam em céu... Não sei por que... É tão bom acreditar em céu!

Nesse momento o meu céu é fazer as coisas que são corretas para mim;

O meu céu é descobrir o meu espaço;

É respeitar o próximo e me fazer respeitar;

É cumprir com as minhas metas pessoais, profissionais e espirituais.

Porém chegará o dia em que eu encontrarei o céu de Jesus! Estará lá, me esperando, todos aqueles que eu amo e que já se foram! E assim vai... É importante acreditar em algo!

Bom, mas enquanto isso, vou comendo meus chocolates, sonhando, batalhando, caindo e levantando... Aff, aff, aff...