segunda-feira, 9 de março de 2009

Um conto - O susto...

Tudo ocorreu do jeito que sempre acontece as melhores coisas da vida: meio sem querer. Aninha e Juliana eram irmãs e moravam no mesmo terreno, embora em casas diferentes. Isso, porque Juliana era casada com o Marcelo.
Naquele domingo houve festa o dia inteiro na casa da Juliana. Foi um dia agradável e, no fim do dia, quando o relógio contou 19h, Aninha resolveu ir para a própria casa para tomar um banho e descansar. Deixou todos jogando truco e, após a insistência da irmã, prometeu que voltaria mais tarde para jogar Banco Imobiliário.
Chegou em casa, conectou a internet, enrolou um pouco, tomou um banho relaxante e se dirigiu para a casa da outra mais uma vez. Lá, se encontrava apenas a família do cunhado, pois os outros convidados já haviam ido embora, e estes ainda jogavam truco. Aninha resolveu que iria embora para casa e não queria mais jogar Banco Imobiliário, comunicou sua decisão aos demais, pegou sua câmera digital e desceu com a intenção de descarregar as fotos, que foram tiradas durante aquele agradável dia de comemoração, para o computador.
Já no quarto, olhou-se no espelho e notou umas espinhas inconvenientes no queixo e resolveu exterminá-las naquele momento. Então foi até a cozinha preparou a sua super máscara, composta de farinha de aveia, pasta de dente e água mineral e aplicou no rosto como sempre fazia. Voltou para o quarto, descarregou as fotos, olhou os e-mails, depois resolveu desligar o computador. Ao olhar para a máquina pensou: “Antes de apagar estas fotos, vou levar a máquina para que o Marcelo também descarregue no computador dele, mas agora não, afinal estou com esta máscara no rosto. Já pensou se o povo me vê assim... hehehe”.
Deitou-se um pouco, mas logo se levantou e decidiu fazer um pouco de exercício físico para queimar as calorias que adquiriu durante o dia. Acabou fazendo 40 minutos de esteira. Depois que terminou foi para o quarto, então ela olhou para a máquina e pensou: “Por que mesmo que ainda não levei a máquina para o Marcelo? Ah... porque estou lerda, oras! Deixe-me levá-la já...” E voltou para a casa da irmã, esquecendo-se que estava de máscara...
Enquanto entrava percebeu que todos estavam em oração. A família estava de olhos fechados e todos concentrados, então ela fechou os olhos e começou a orar também. De repente seu Joaquim, pai de Marcelo, encerra a oração e se faz um breve silêncio. Dona Maricota, mãe de Marcelo, foi a primeira a abrir os olhos, depois daquele momento reconfortante da oração. Mas bem a sua frente estava Aninha com a sua cara besuntada daquela estranha máscara, parecendo alma do outro mundo. Não dá outra e dona Maricota grita:
· Nossa! - Aí Aninha abre os olhos e percebe que todos a fitam com caras assustadas e caem no riso. Seu Joaquim é o primeiro a falar:
· Menina, o que é isso? Estava concentrado, fui terminando a oração e ouvi, Maricota exclamar: “nossa!” Quando abri os olhos e olhei “de banda” dei com a sua cara branca e quase morro do coração! Não faz mais isso, não! - E Marcelo complementou:
· Meu Jesus, eu achei que tinha chego a minha hora. Que susto! - Nessa hora Aninha se lembrou que estava com a máscara no rosto e todos caíram na risada.
Logo após tudo ter sido esclarecido, Aninha deixou a câmera na mão do cunhado e dirigiu-se a seu aconchegante lar. Ufa, por todos, né! Até que dá para entender o tão grande susto... Vai que é a morte? Ou então uma alma penada carente de oração? Ou, até mesmo, um extra-terrestre, decidido abduzir alguém para estudar o funcionamento do estomago ou sei lá... Na dúvida é realmente melhor ficar atento. É bem verdade que o medo nos faz ver muitas coisas que a imaginação fértil endossa, mas nunca se sabe, né!

Um comentário:

  1. Oi, Rafa, passei aqui para agradecer sua visita ao meu blog, Família de Nazaré.

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