sábado, 21 de março de 2009

Como está sua vida profissional, mulher?

Dia desses, estava cruzando a cidade de carro com uma conhecida, quando avistamos alguém 'apanhando' para estacionar e dois homens em volta do carro tentando orientar a pessoa. Foi aí que a minha amiga comentou:“Aposto que é mulher!” Então eu reclamei do comentário. No entanto, assim que passamos pelo veículo, percebemos que realmente era uma mulher que estava ao volante. Aí, minha amiga explicou o que ela quis dizer: “Sabe, o que quero dizer, é que as mulheres precisam ser mais seguras. Essa moça só está apresentando dificuldade em estacionar, porque está sendo assistida por esses rapazes”. E, depois que minha amiga explicou o seu raciocínio, eu tive que concordar com ela. É necessário que as mulheres assumam o lugar que conquistou. Não quero bancar a machista, muito menos a feminista. É claro que há mulheres que confiam em si mesma, entretanto apesar de muitas delas ser profissionais competentes, não são reconhecidas e reclamam disso. Por que será que isso acontece?
Por coincidência, estava lendo a Revista Nova e achei um artigo de um homem que acho muito sábio, o psiquiatra e palestrante organizacional Roberto Shinyashiki. Ele estava fazendo uma análise do comportamento de algumas mulheres na vida profissional e dando alguns conselhos. Desde que haja capacidade, tem-se que ter confiança em si mesma e fazer acontecer. Claro, que dentro de principios éticos e do respeito aos demais. Como achei muito interessante, resolvi transcrever o texto dele para o meu blog. Veja abaixo:

Muitas mulheres me perguntam o que fazer para ser notadas pela chefia ou reconhecida por funcionários e clientes. Se você vem alimentando o mesmo desejo, deixe-me contar uma história antes de mais nada. No ano passado, tive de lutar com muita energia para impedir que uma funcionária sensacional da minha empresa fosse demitida.
Preciso dizer que sou o tipo de empresário que dá liberdade para os meus colaboradores contratarem e demitirem quem eles quiserem. Mas sempre fico de olho nesse processo. O que mais me chamou a atenção nesse episódio foi o seguinte: alguns dos meus gerentes entraram na minha sala para dizer que aquela profissional estava com uma péssima performance e deveria ser dispensada. Procurando ser justo com todas as partes envolvidas, conversei várias vezes com ela. E acabei descobrindo o problema: a moça simplesmente não se preocupava em mostrar resultados a ninguém. Portanto, parecia que não produzia conforme o esperado. Um dia, falei: “Três gerentes já vieram dizer que você deve ser demitida. E quero que saiba: se isso acontecer, a responsabilidade será sua”. Ela alegou estar sendo perseguida pelos gestores. Só que, depois desse susto, mudou de atitude: passou a conversar com os colegas de trabalho e viu a importância de mostrar seus pontos fortes.
Você também que ser reconhecida? Então, aumente seu QV, ou quociente de visibilidade! Será que não tem apagado o próprio brilho sem se dar conta? Veja se já passou por alguma destas situações:
- Sua preocupação em ampliar a carteira de clientes é tão grande que você abre mão de participar das reuniões de planejamento.
- Em vez de mostrar aos outros seus méritos, deixa que o gerente se encarregue disso. Mesmo sabendo que ele dá um jeito de levar os louros...
- Nas reuniões, você teme o confronto e não expõe suas ideias.
- Depois de concretizar algum plano – por exemplo, recuperar antigos clientes -, nem passa pela sua cabeça fazer um relatório com dados que comprovem seu emprenho.
De fato, os profissionais mais competentes geralmente não são bons em vender o próprio peixe. E, no jogo da política no trabalho, acabam ficando de lado. Meu amigo Celio Ramos, da Escola de Música e Tecnologia, costumava dizer: “Tudo o que merece ser mostrado tem de ser embrulhado para presente”. Ele tem razão. Se chegar à conclusão de que está se boicotando, procure adotar seis atitudes que vão ajudar a envolver sua competência em papéis e laço e aumentar seu QV. Procure:
- Participar dos encontros promovidos com o alto escalão da empresa ou com os melhores clientes.
- Preparar-se antes de uma reunião, informando-se sobre o que será discutido e quem estará presente.
- Ter algo importante falar – e não perder a oportunidade de dize-lo.
- Ser objetiva e moderada: tagarelar é tão ruim quando emudecer.
- Conversar com o supervisor sobre seus projetos em andamento, se possível uma vez por semana. Além de fazê-lo se sentir importante, é uma excelente oportunidade de mostrar o que você está faltando.
- Mandar o relatório do seu trabalho para toda a equipe, para todos saberem que você é fera.
De agora em diante, tenha em mente que sua carreira é muito importante para você ficar escondida atrás de um computador!
(Revista Nova. Editora Abril. Edição 426, ano 37, nº3 março 2009.)
Imagem: Divulgação.

2 comentários:

  1. Olá Rafa!

    Teria a mesma reação que você ao ouvir o comentário de sua amiga. Mas quando da explicação dela, consegui compreender e concordar. Tb acredito que a motorista estivesse nervosa pelo fato de que haviam homens (e a maior parte deles nos critica ao voltante) por perto. Isto deve ter deixado ela insegura. Ora, isso não pode acontecer! Se deixarmos, vamos reforçar esse tolo imaginário que a mulher não é capaz de realizar esta ou aquela tarefa. Nada de nos limitar, jamais!

    Sobre o artigo do Shinyashiki, concordo perfeitmante que temos que nos mostrar nas organizações. Isso não significa uma ação a qualquer preço, longe disso. Mas devemos nos firmar como profissionais, expondo nossas competências, só assim alcaçaremos um degrau a mais (e isto vale tanto para homens quanto mulheres).

    Enfim, escrevi demais...rs...

    Obrigada por seguir o blog! Te espero por lá sempre!

    Bjs

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  2. Muito bom esse artigo, é útil para todos os profissionais independente de ser homem ou mulher. Gostei da mudança e cor do blog, ficou ótimo. Bjs

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