quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Endometriose: Silenciosa e agressiva...

A endometriose é uma doença que atinge cada vez mais mulheres no Brasil, uma média de seis milhões de mulheres. É importante que seja diagnósticada a tempo, para que haja uma melhor eficácia no tratamento. Em São Paulo o número de casos aumentou de 1.205 registros no ano 2000 para 3.429 no último ano, um aumento de 64,8%. Esse número representa cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Dados do NEPE (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Endometriose).
Essa é uma doença que é caracterizada pela presença de partes do endométrio (tecido que reveste o útero), em outros órgãos do corpo e pode causar a infertilidade na mulher. Durante a ovulação, esse tecido já mencionado, o endométrio, cresce. Isso é a preparação do corpo da mulher para a gravidez. No entanto, se ela não engravida, esse tecido se desmancha e ocorre a menstrução. Mas em algumas mulheres, parte desse sangue atravessa as trompas e se acumula no organismo, formando nódulos no ovário, no intestino e na bexiga.
Os principais sintomas da endometriose são: Cólicas fortes que pioram a cada mês, o aumento do fluxo menstrual, dores abdominais fora do período menstrual, dor durante a relação sexual e até, em alguns casos, sangue na urina. Porém essa moléstia pode não apresentar qualquer sintoma, dependendo do seu estágio, pois, segundo a NEPE, uma paciente demora, aproximadamente entre sete e dez anos para descobrir que tem a doença. Muitas mulheres acabam descobrindo o mal, somente quando tem dificuldade para engravidar. Em muitos casos, a doença já está adiantada e com grande prejuízo da anatomia pélvica.
A endometriose pode ser considerada uma doença moderna, pois de acordo com o responsável pelo Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), Dr. Maurício Arão, antigamente, as mulheres menstruavam menos, porque engravidavam mais vezes. Isso inibia o desenvolvimento da doença. Atualmente, a mulher tem aproximadamente 400 menstruações durante todo o seu período reprodutivo. No início do século passado este número era de 40. Entretanto, há outros fatores relacionados à doença, como aspectos genéticos e imonológicos que podem ter ligação com o estresse e a ansiedade.
No momento em que a paciente tem essa doença diagnosticada, é feita uma cirurgia para corrigir o problema em conjunto com um tratamento feito a base hormônios que serve para suspender a menstruação. A cura da endometriose traz, as pacientes, mais qualidade de vida e também a oportunidade de recuperar a capacidade reprodutiva. A atriz Adriana Esteves já foi vítima dessa moléstia e hoje tem dois filhos.Existem associações que visam divulgar e combater a doença. É o caso do NEPE, que foi idealizado pelo Dr. Maurício Abrão, e a ABEND (Associação Brasileira de Endometriose), que foi criada por pessoas que não são formadas em medicina. Fique atenta e caso haja algum indício procure um ginecologista!

2 comentários:

  1. Rafa, embora seu texto não seja muita novidade pra mim (eu leio bastante... hehehe), é muito legal entrar aqui no seu blog, pois ele tem muito o seu jeitinho! Consigo ver você comentando essas histórias, bem do jeito que está escrito! Adorei!! rs
    Bjão!!

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  2. Oi, Toninho! Obrigadinha pela visita e pelo comentário! Beijão! E visite sempre!

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