quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os jogos eletrônicos e as crianças...

Atualmente, vivemos numa época em que os jogos eletrônicos fazem parte da realidade de muitas crianças. Mas a utilização de produtos e brinquedos eletrônicos podem virar uma dor de cabeça para os pais. Apesar de não haver uma idade específica para permitir que as crianças tenham celular e brinquem com jogos eletrônicos, é preciso ficar atento. Se for uma atividade dosada pode até ajudar o infante, mas se não houver controle também pode prejudicar.
De acordo com o psicólogo Aderson Costa, para presentear a criança com um celular, por exemplo, ela precisa pelo menos conseguir manusear o aparelho. Ele ressalta que o equipamento não deve ser oferecido como brinquedo, mas deve ser dado racionalmente.
No caso dos jogos eletrônicos, eles desenvolvem a capacidade de raciocínio e permitem a interatividade, mas ao mesmo tempo promovem o isolamento e não estimulam a atividade física. Muitas crianças tem esses jogos como a brincadeira preferida. Segundo a educadora Andrea Ramal, autora do livro “Educação na cybercultura”, apesar do desespero dos pais, existe aspectos positivos deste tipo de atividade e ela ensina os pais a lidar com a situação. A educadora ressalta a importância que os pais e os professores (os pais tem responsabilidade maior) tem no processo de formação dos infantes.
A educadora salienta que jogos como 'Sin-City', em que é preciso gerenciar uma cidade, são maravilhosos. Já em se tratando dos que apresentam um universo de violência, segundo Andrea, o ideal é conversar com a criança e perguntar-lhe o que ela acha que esses jogos tem em comum com a realidade em que ela vive. É importante criticar a brincadeira e é sempre aconselhável incurtir na criança valores morais para que ela consiga saber distinguir o certo do errado.
Uma dica muito importante que os psicólogos costumam dar aos pais é que os jogos eletrônicos não podem ser a principal fonte de brincadeiras e de alegria das crianças. “Nós só tomamos alguns cuidados para evitar atividades essencialmente solitárias, que não privilegiam a interação social”, explica o psicólogo Aderson Costa.
Por isso não basta restringir o acesso a determinadas páginas na Internet, é preciso limitar o tempo que as crianças passam na rede. De acordo com os profissionais que trabalham com crianças, quem começa cedo a usar aparelhos eletrônicos em demasia, pode desenvolver distúrbios de sono e de humor. Pois, no caso das crianças, por exemplo, elas não têm maturidade para lidar com a perda, só querem ganhar. Por isso às vezes acabam ficando agressivas e irritadas.
Quanto mais nova for a criança, se torna mais importante que os pais estejam sempre acompanhando a brincadeira. Na matéria exibida pelo Jornal Hoje da rede globo, há o relato de Amanda que, desde os 3 anos brinca com videogames. “Se pudesse, ficava o tempo todo”, diz a garota. Mas cumpre o acordo feito com o pai, sobre internet. “Eu só entro em sites que eu conheço, em que eu jogo normalmente”, explica.
Com Mateus, de 6 anos, que adora computador, os pais ficam por perto enquanto ele joga e o menino só tem direito de passar 40 minutos por dia no mundo virtual, depois é hora de sair da frente da tela e partir para o jogo de futubol. Ele nem tenta negociar, pois já aprendeu que a vida real também pode ser muito divertida. Há tempo para tudo.

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