quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Aumento de inadimplência nos financiamentos...

Em conseqüência da crise que agrava o mundo, a inadimplência de financiamento de veículos se agrava no Brasil. Em dezembro passado, 4,3% do volume total de financiados estão inadimplentes, esse número representa R$ 3,5 bilhões. Só em 2008 a inadimplência cresceu 1,3% em comparação ao ano anterior. Esse é o maior patamar da série histórica desde junho 2000.
De acordo com a análise do BC (Banco Central), as prestações em atraso, ou seja, que deixaram de ser pagas entre 15 e 90 dias, apresentaram crescimento de 6,7% para 8,3% batendo a casa dos R$ 6,7 bilhões.
Os economistas creditam ao crescimento da inadimplência no setor a iniciativa dos bancos de elevarem os custos do crédito no mercado para pessoa física.
Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti, a inadimplência no segmento de veículo começa a preocupar o mercado.
No entanto, para a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a inadimplência no segmento de veículos divulgada pelo BC está dentro da expectativa da entidade e os bancos têm elevado as exigências para a concessão de crédito por uma questão de segurança.

O BC fez um balanço do crédito em 2008 que mostra que o dinheiro está mais caro para quem necessita de empréstimo. O aumento da taxa para pessoa física no cheque especial chama a atenção. Subiu de 138,1% em dezembro de 2007 para 174,9% em dezembro do ano passado, uma diferença de 36,8%.


Nesse ano de 2009, segundo os profissionais do assunto, será um ano complicado para a economia. A taxa de desemprego está aumentando. O governo liberou R$ 100 bilhões, para o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para que sejam direcionados em forma de empréstimo as empresas que estão em dificuldades. Foi o maior valor já liberado no Brasil, nesses últimos tempos. O objetivo dessa medida é conter o desemprego, pois uma das cláusulas para a empresa que solicitar o empréstimo é não demitir ninguém. No entanto, não tem como impedir que as demais demitam.
A projeção é que o Brasil cresça, neste ano, entre 3,5 a 4%.

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